Isso mesmo.

24.1.06

Judith

Mal cheguei no prostíbulo e vi que Matsumoto Kensai e Yohan Brashninikov já bebiam aos borbotões rodeados de quengas. Atrás deles estava o palco toscamente montado na tarde anterior, suportando o peso de três prostitutas que balangandavam seus seios em movimentos circulares, que ao meu ver, é um ótimo método de hipnose, já que eu não conseguia tirar os olhos daqueles decotes que vez ou outra mostravam a leve cor rósea de um mamilo.
Matsumoto ao me ver, levantou o copo em um brinde, Yohan imitou-o. Os dois estavam visivelmente alterados pela bebida e lembrei o motivo de não ter trazido meu filho mais velho, qua acabara de completar 18 anos, para este lugar de luxúria e promiscuidade. O problema não eram as putas, mas sim os amigos, que eram o verdadeiro perigo para um jovem que acabara de atingir a maturidade.
Tomei um trago com os caros e olhei ao redor procurando Judith, que de todas, era a minha preferida. Ah Judith, de noites insônes. Ah Judith, que gosta de lamber meu dedão do pé. Ah Judith, que após uma noite intensa de amor, gostava de enrolar meus cabelos com os dedos. Ah Judith, puta, vagabunda e sem vergonha que gostava de tomar palmadas na bunda... Ah Judith...
Em meio aos devaneios, a noite avançava implacável. Creio que durmi um pouco e acordei tentando estuprar a perna da mesa de bilhar. Sorte que neste momento o bordel já estava vazio. Me recompus, fechei a braguilha da calça e fui procurar a maldita da Judith. Só ela poderia acalmar meus sonhos infâmes.
Entrei num corredor, onde ficavam os quartos que os clientes levavam as donzelas após uma certa quantia de cerveja e dinheiro. Aos sussurros e gemidos, procurei Judith. Atrevi-me a abrir algumas portas, mas apenas via corpos que se penetravam em posições que nunca me haviam passado pela cabeça. Como o ser humano é criativo quando se fala em sexo...
Restou uma última porta, e com ela, a última esperança de rever aqueles cabelos ruivos e revoltosos, aqueles seios fartos e aquelas nadegas firmes. Abri a porta e lá estava Judith, nua, sentada na cama de costas para mim. Entrei tirando a camisa e fui ao seu lado. Ela estava com o rosto entra as mãos, os cotovelos apoiados nas coxas, soluçante. Olhando aquela cena meu coração ficou apertado e abracei-a.
Ela encostou a cabeça em meu peito e começou a chorar. Afaguei seus cabelos e não perguntei o motivo do pranto. Passamos a noite abraçados e no raiar do sol, ela adormeceu em meus braços. Deite-a na cama e coloquei minha camisa. Abri a porta para ir embora e Judith me chamou. Pelas frestas da janela, o sol iluminava Judith, coroando-a com uma áureola de luz angelical. Fiquei pasmo com o vermelho vivo de seu cabelo ao refletir a luz solar e quase que me ajoelhei pensando que quem estava na minha frente era mesmo um anjo.
Ela me olhava com ternura e sua boca carnuda estava semi aberta prestes a dizer algo. Eu estava imobilizado pela beleza daquele momento inesquecível. Até que ela disse:
_Me fode gostoso, garanhão.
Sai da hipnose e bati com fúria a porta atrás de mim. Já em frente ao bordel, eu ainda ouvia os gritos de Judith "Vem me comer seu filha da puta". Nunca mais vi Judith, mas Yohan me disse uma vez que ela foi levada para o manicômio, onde descobriram que ela tinha uma doença venérea que deixa as pessoas débeis mentais. Depois dessa, parei de frequentar bordeis e comecei a comer minha própria mulher, que apesar de não ser a Judith, também faz loucuras na cama...

Culpado: chester chenson em 11:14

3 Comments:

Blogger PopFashionBlackHole said...

Meu deus, fui hackeado.

24.1.06  
Anonymous Anônimo said...

huarhuarhuarhuar

24.1.06  
Anonymous Anônimo said...

Eu ri muito com seu blog. Parabéns, é divertidíssimo!

24.1.06  

Postar um comentário

<< Home