27.1.06
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O Padre
Acendi um cigarro e olhei nos olhos de Alessandro. Ver ele só significava uma coisa: _O Padre voltou. Ouvir isso da voz dele foi como um golpe de faca na barriga. Dei um trago: _E o que você quer que eu faça? Ele se espantou com a pergunta. Eu sabia que mais dia ou menos dia Alessandro viria me cobrar esse favor, mas agora, com ele ali, eu não sabia o que fazer. _Você sabe muito bem o que eu quero de você. Era por isso que eu odiava dívidas. _Você tem certeza que ele voltou mesmo? _Claro. Quem me contou foi o Vidigário. E o Vidigário nunca erra. Nisso ele tinha razão, o Vidigário nunca errava. Percebendo que minhas chances de escapar daquela situação diminuiam. Dei mais um trago e olhei pensativamente através da janela. Crianças brincavam felizes na rua, e com a volta do padre, talvez essa cena nunca mais se repetisse. _Você ainda se lembra do que ele fez? - Perguntou Aessandro acompanhando o meu olhar. _Não. - Mas era claro que eu lembrava. Na verdade ele não era um padre. Padre era apenas o apelido do desgraçado. Verifiquei as horas: 11:30. Levantei-me da cadeira e coloquei o maço de cigarros no bolso dizendo: _Então, vamos almoçar. Apaguei o cigarro no cinzeiro e peguei meu sobretudo próximo a porta de saída. Antes da sair, Alessandro voltou a perguntar: _Mas e o padre? _Me espere aqui que teremos carne no almoço. Antes de fechar a porta, notei que Alessandro esboçava um sorriso. Fechei a porta sabendo que aquele ia ser um longo dia...
Culpado: chester chenson em 16:24
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1 Comments:
Realmente, fui hackeado.
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